HIGIENÓPOLIS – Uma notícia triste pegou de surpresa os fãs de filosofia brazuca no início da tarde de hoje.
O filósofo Leandro Karnal, que tinha o hábito de ler no cemitério, conforme havia divulgado recentemente, foi enterrado vivo por um coveiro desatento, que o confundiu com um defunto.
Karnal, que costumava frequentar o cemitério de Higienópolis, se encontrava na tarde de hoje lendo a obra “Digressões anais-filosóficas das pregas que já tive”, da filósofa brasileira Marcia Tiburi, quando foi visto por um coveiro, que não teve a identidade revelada, que o jogou numa catacumba e o enterrou.
“Enquanto eu enterrava ele, ele dizia que não estava morto, mas eu pensei que ele queria me enganar”, disse o coveiro.
“Eu até já tinha ouvido falar nesse cara, por isso eu não acreditei que ele tivesse falando a verdade quando disse que estava vivo, pois achei que ele só estava querendo relativizar o conceito de morte, e desse assunto eu entendo mais do que ele, modéstia à parte”.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi enviada ao local para resgatar o filósofo, que foi encontrado com vida e anunciou que, infelizmente, vai continuar dando palestras.
O cemitério de de Higienopólis fica ao lado do estádio Pacaembú, e o filósofo gostava de ir ao cemitério nos dias de jogos.
Questionado o motivo pelo qual preferia ir ao local quando não teria silêncio para ler, Karnal respondeu que, independentemente do barulho, ler no cemitério dava a ele um ar de intelectual excêntrico.
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