PALMIRA – Um triste evento para a liberdade de imprensa marcou o dia de hoje em um episódio que envolveu o grupo democrático Estado Islâmico, o deputado federal Jean Wyllys e o jornalista brasileiro Joselito Müller.
Conhecido nacional e internacionalmente por seu arrojado jornalismo investigativo, Joselito havia publicado meses atrás que a presidenta Dilma Rousseff poderia nomear o referido deputado para ser embaixador do Brasil junto ao Estado Islâmico.
Passado o tempo sem que a nomeação se tornasse fato, inobstante a notícia cair no esquecimento, Joselito recebeu na tarde de hoje uma citação de um processo criminal movido pelo Estado Islâmico, que alega, em suma, que o bloguista cometeu crime contra a honra da organização ao associá-la ao nobre parlamentar.
“Embora saibamos que o site do Joselito Müller tenha intenção (mal sucedida, frise-se) de fazer humor, no texto em comento seu intento está mais longe ainda de logra êxito, constituindo unicamente numa peça de difamação à nossa organização”, diz a petição assinada por um advogado árabe.
Questionado por nossa reportagem, Joselito lamentou o processo, voltando a afirmar que o animus jocandi denota a inexistência do dolo em cometer qualquer crime contra a honra do Estado Islâmico.
Ele responderá em liberdade, mas caso condenado, poderá ter que cumprir pena de até quinze anos em Guantánamo.
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